BVS Atenção Primária em Saúde
Traduzindo o conhecimento científico para a prática do cuidado à saúde
Programas específicos culturalmente para grupos minoritários (minorias) que têm asma melhoram alguns desfechos
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11 dez 2014 |
ID: poems-61
Área Temática:
Questão Clinica:
Quão efetivos são os programas específicos voltados à cultura de minorias para crianças e adultos destes grupos e que têm asma?
Resposta Baseada em Evidência:
Comparado a programas genéricos de asma ou cuidado convencional, os programas específicos culturalmente às minorias para crianças e adultos com asma pertencentes a estes grupos são mais efetivos em melhorar qualidade de vida nos adultos e conhecimento sobre asma nas crianças. Estes programas não melhoram significativamente desfechos clínicos como taxas de hospitalização, atendimentos em emergências ou necessidade de corticóides orais.
Alertas:
Há dados insuficientes sobre a taxa de exacerbações, ou se os programas específicos culturalmente são benéficos em todos os cenários.A evidência é limitada pelo pequeno número de estudos elegíveis e pela falta de relato de desfechos.
Contexto:
Pessoas com asma que vem de grupos minoritários têm piores desfechos e mais atendimentos de emergência. Vários programas são utilizados para educar e dar autonomia à pessoas com asma e estes tem se mostrado capazes de melhorar certos desfechos em asma, como qualidade de vida, medidas de função pulmonar e internações hospitalares. Modelos de cuidado para doenças crônicas em minorias usualmente incluem o foco no contexto cultural dos indivíduos e não só nos sintomas da doença.
Referencia
Bailey EJ et al. Culture-specific programs for children and adults from minority groups who have asthma. Cochrane Reviews 2008, Issue 2. Art. No.:CD006580. DOI:10.1002/14651858. CD006580.pub2. Disponível em: http://cochrane.bvsalud.org/doc.php?db=reviews&id=CD006580
This review contains three trials involving 396 participants, aged from 7 to 59 years
Nota: Esta revisão inclui 3 estudos, envolvendo 396 participantes de 7
Este estudo reforça a importância de:
1) Conhecer melhor as características culturais de minorias, utilizando este conhecimento para aprimorar o cuidado prestado (Competência Cultural)
2) Desenvolver estudos dirigidos para minorias em nosso país.
Tradução e comentários da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, julho 2010.