Nesta revisão atualizada de 2021, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) encontrou evidências insuficientes para recomendar a favor ou contra o rastreamento de perda auditiva em adultos mais velhos. Esta declaração é consistente com a recomendação de 2012.
Nesta revisão atualizada, a Força Tarefa (USPSTF) encontrou evidências suficientes de que os instrumentos de triagem podem detectar perda auditiva em adultos assintomáticos com 50 anos ou mais. No entanto, apenas um ensaio randomizado foi encontrado que avaliou os benefícios da triagem versus nenhuma triagem, e nenhuma diferença significativa foi detectada na melhoria dos resultados de saúde. Também foram encontradas evidências insuficientes de que as intervenções para tratar a perda auditiva em pacientes detectados pelo rastreamento tiveram melhores resultados de saúde. Nenhuma evidência foi encontrada para determinar os danos da triagem e do tratamento para perda auditiva, então o USPSTF concluiu que o equilíbrio entre danos e benefícios não pode ser determinado. Da mesma forma, a American Academy of Family Physicians não recomenda ou é contra a triagem para perda auditiva em idosos assintomáticos.
US Preventive Services Task Force, Krist AH, Davidson KW, et al. Screening for hearing loss in older adults: USPreventive Services Task Force recommendation statement. JAMA 2021;325(12):1196–1201. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33755083/
Exames de rastreamento devem ter claro os benefícios a que são propostos, tais como melhora na qualidade de vida, redução de morbimortalidade, etc. Caso isto não seja evidente, devemos aguardar por estudos mais robustos que provem (ou descartem) a validade de tais recomendações, pois qualquer medida implementada tem um custo, direto ou indireto, para o sistema de saúde e às pessoas.