Encontrar uma queda ortostática no primeiro minuto após ficar em pé prediz com mais precisão a tontura e os eventos adversos futuros do que encontrá-la nos 3 minutos atualmente recomendados.
Como parte de um estudo maior, esses pesquisadores investigaram o momento para avaliar uma queda da pressão arterial ortostática em 11.429 pacientes (54% mulheres, 26% negras) recrutados da população em geral. Aproximadamente 10% desses pacientes (n = 1138) relataram história de tontura ortostática. Os pacientes de meia idade (idade média de 54 anos) tiveram sua pressão arterial medida automaticamente a cada 25 segundos, até 5 vezes, enquanto permaneceram em pé após 20 minutos deitados. Os pacientes com relato de tontura puderam permanecer sentados até se sentirem à vontade em pé. Hipotensão ortostática foi definida como uma diminuição da pressão arterial sistólica de 20 mmHg ou diastólica de 10 mmHg. Ter uma queda ortostática da pressão arterial no primeiro minuto (25 – 62 segundos) foi preditivo de maiores chances de tontura (odds ratio 1,49; IC95% 1,18-1,89). Também foi associado ao maior risco de fratura, síncope e morte nos 23 anos subsequentes.
Juraschek SP, Daya N, Rawlings AM, et al. Association of history of dizziness and long-term adverse outcomes with early vs later orthostatic hypotension assessment times in middle-aged adults. JAMA Intern Med 2017; Jul 24. doi:10.1001/jamainternmed.2017.2937. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28738139/
Com um bom valor preditivo, aguardar somente 1 minuto para avaliar hipotensão ortostática torna-se mais efetivo em comparação aos 3 minutos tradicionais.