Independente da presença de alteração do hábito intestinal, a pesquisa de sangue oculto nas fezes demonstrou redução de mortalidade quando utilizado como rastreamento para pacientes acima de 50 anos, devendo ser repetida anualmente (1).
Resultados combinados de 4 ensaios clínicos randomizados demonstraram que os participantes que realizaram “screening” anual tiveram uma redução de 16% no risco de mortalidade por câncer de cólon quando comparados com indivíduos que não realizaram o “screening” (2). Contudo, existe um risco grande de resultados falso-positivos.
Para minimizar tais resultados, é muito importante a realização do preparo adequado para coleta do exame. Deve-se orientar ao paciente para fazer coleta de pelo menos 3 amostras de fezes, abster-se por 72 horas dos seguintes medicamentos e alimentos: anti-inflamatórios não esteróides, AAS, carne vermelha, ovos, banana, espinafre e legumes coloridos. O uso de antiácidos e antidiarreicos pode dificultar a leitura do teste. A vitamina C pode aumentar a chance de resultado falso negativo.
Em pacientes com resultado positivo para pesquisa de sangue oculto nas fezes, a investigação começa pelo trato gastrintestinal baixo. A retossigmoidoscopia deve ser realizada e se necessário deve-se prosseguir a investigação com a realização de colonoscopia (1). O hemograma ajuda a avaliar a magnitude da perda crônica de sangue.
Sugerimos a leitura complementar disponível no portal do telessaúde (referências 4 e 5).