Toda mulher mastectomizada devido a câncer de mama necessita de tratamento global que vise a recuperação do seu bem-estar psicossocial e de sua qualidade de vida.
Isto passa geralmente por uma atenção que pode envolver vários profissionais de saúde, desde aqueles da atenção primária (médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, agentes de saúde, etc) até equipes multiprofissionais especializadas, geralmente presente em hospitais (médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, etc), que devem trabalhar de modo integrado.
Ao se deparar com uma paciente mastectomizada por câncer de mama que está sofrendo pela não aceitação de seu quadro clínico, é papel do Agente Comunitário de Saúde encaminhá-la o mais breve possível para uma consulta médica na unidade de saúde para avaliação e instituição de tratamento, quando necessário. Ou ainda, quando for o caso, para referenciar a outros níveis de atenção ou mesmo para acompanhamento com outros profissionais da própria equipe de saúde.
Quando houver resistência por parte da paciente para consultar com profissionais de saúde, o ACS deve levar o assunto para a equipe (médico ou enfermeiro) para discutir qual a melhor estratégia de abordagem.
No processo de convencimento à respeito da necessidade de acompanhamento especializado, ou mesmo quando este já vem ocorrendo, o ACS deve ressaltar que é muito comum entre pacientes com câncer de mama que tiveram de realizar mastectomia tais sentimentos de tristeza.
Deve ressaltar também que podem ser superados com o tempo, com o auxílio dos acompanhamentos/tratamentos propostos e com intervenções médicas como a cirurgia de reconstrução mamária.
A troca de experiência com mulheres que passaram por situação semelhante pode ajudar no entendimento dos próprios sentimentos e a participação em tais grupos deve ser estimulada.