Não há consenso entre especialistas sobre quando pedir exames de imagem para casos de cefaleia crônica.
Metanálise publicada em 2006 sugere que exames de imagem para diagnóstico de cefaleia crônica sejam solicitados nas seguintes situações:
- alguma anormalidade no exame neurológico;
- cefaléia em salvas;
- cefaléia não enquadrada em diagnóstico;
- presença de aura;
- cefaléia agravada pelo exercício ou manobra de Valsalva;
- cefaléia com vômitos.
Os autores ainda sugerem que pacientes com cefaleia de início recente (especialmente se início tardio na vida adulta), mudança no padrão da cefaleia e cefaleia de início súbito que atinge intensidade máxima dentro de poucos segundo ou minutos após início da dor, são candidatos a exames de imagem.
Ressalvas devem ser feitas às conclusões deste estudo, pois envolveram pesquisas que na grande maioria foram realizados fora do ambiente de atenção primária à saúde.
Artigo de revisão brasileiro, publicado por especialistas em atenção primária à saúde, recomenda a realização de exames de imagem nos casos de cefaleia não aguda e com achados não explicáveis no exame neurológico, ou nos casos de cefaleia com alguns dos seguintes sinais de alerta:
- cefaleia “nova” ou com mudança de padrão;
- náusea, vômito;
- “pior dor de cabeça da vida”;
- sinais neurológicos ou visuais progressivos;
- paralisia;
- fraqueza, ataxia ou perda de coordenação motora;
- tontura, confusão, perda de memória ou da consciência;
- início da cefaleia após os 50 anos de idade;
- papiledema;
- rigidez de nuca / sinais de irritação meníngea;
- cefaleia desencadeada por exercício, atividade sexual ou tosse;
- doença sistêmica;
- resposta pupilar assimétrica;
- perda do sensório.