Quando deve ser realizado a prevenção da sensibilização materna pelo fator Rh?

| 5 fevereiro 2021 | ID: sofs-43651
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

A prevenção da sensibilização materna pelo fator Rh deve ser realizada pela administração de imunoglobulina anti-D nas seguintes situações em mães Rh negativo e pai Rh positivo(1):

· Após procedimentos invasivos: amniocentese, cordocentese, biópsia de vilocorial;

· Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme;

· Após o parto de mães com Coombs indireto negativo e recém-nascidos Rh positivo;

· Na 28ª ou 34ª semana de gestação (dependendo da dose) de todas as mulheres com Coombs indireto negativo, com parceiros Rh positivos e riscos de hemorragias transplacentárias (que deverá ser avaliada pelo médico Obstetra); pois é melhor administrá-la desnecessariamente do que efetuar o tratamento de uma mulher aloimunizada;

· Após sangramento obstétrico (placenta prévia, por exemplo) com risco de hemorragia feto-materna significativa.

O momento oportuno do uso da imunoglobulina anti-Rh poderá ser durante a gravidez ou até 72 horas após o nascimento.


“Vale ressaltar, que o pai é Rh positivo e a mãe é Rh negativo, deve-se solicitar Coombs indireto na primeira consulta e mensalmente a partir de 24 semanas, de acordo com o Ministério da Saúde(1). Por sua vez, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomenda que o acompanhamento mensal do Coombs indireto seja feito a partir da 20ª semana gestacional”(2).

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 2010:302p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf
  2. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Manual de orientação gestação de alto risco. Comissões Nacionais Especializadas Ginecologia e Obstetrícia, 2011:220p. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/88962406/Manual-Gestacao-Alto-Risco-2011
  3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde. (Cadernos de Atenção Básica, n° 32); 2013:318p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf