Qual o tratamento para língua geográfica?

| 10 maio 2010 | ID: sofs-4325
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH:
Graus da Evidência:

Também conhecida por eritema migratório e glossite migratória benigna, a língua geográfica, é uma condição de etiologia ainda obscura e de aspecto clínico multiforme.
As lesões se iniciam por erosões avermelhadas, e consequente desaparecimento das papilas filiformes e manutenção das fungiformes, com bordas bem definidas e esbranquiçadas de aspecto circinado, que se estendem formando lesões erosivas de diâmetro cada vez maior.
As áreas despapiladas persistem por pequeno período de tempo, normalizam e aparecem em outro local.
Esse fato é que determina a denominação de migratória à condição, o que, invalida a princípio qualquer possibilidade de se tratar de anomalia de desenvolvimento, uma vez que estas não mudam sistematicamente de local (1).
Por se tratar de patologia benigna, e sem maiores consequências, não há necessidade de tratamento específico. Faz-se necessário apenas seu controle ou tratamento sintomático quando indicado.
Raramente o paciente observa a alteração em estágios iniciais, uma vez que os sintomas, quando existentes, se reduzem a um pequeno ardor, particularmente ao ingerirem alimentos condimentados.
Usualmente, a língua geográfica não requer tratamento, mas, se houver glossodínia (ardência bucal), analgésicos e dieta livre de condimentos e ácidos aliviam os sintomas.
Tratamento por complexo vitamínico B foi tentado no passado, mas sem nenhum resultado animador, mesmo porque não existe tratamento específico para glossite migratória benigna. (Grau D)

 


Bibliografia Selecionada:

  1. Shafer HL. A textbook of oral pathology. 4th ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company; 1983.