Qual o tratamento para HIV na gestação?

| 8 agosto 2018 | ID: sofs-39928
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , , ,

Em gestantes virgens de tratamento, o esquema preferencial de primeira linha deve ser feito com: TDF + 3TC + EFV*
* Apresentação de dose fixa combinada (3 em 1), sempre que disponível.
A TARV poderá ser iniciada na gestante antes mesmo de se ter os resultados dos exames de CD4 e carga viral, principalmente nos casos de gestantes que iniciam tardiamente acompanhamento pré-natal, com o objetivo de alcançar a supressão viral o mais rapidamente possível.


A genotipagem pré-tratamento está indicada para todas as gestantes infectadas pelo HIV, de forma a orientar o esquema terapêutico inicial. No entanto, o início do tratamento não deve ser retardado pela não obtenção do resultado desse exame.
O AZT permanece como alternativa em casos de intolerância ao TDF. Em caso de intolerância ao EFZ, o esquema alternativo é feito com TDF/3TC/RAL.
Após o parto, a TARV deve ser mantida, porém deve ser feita a mudança do esquema para TDF/3TC/DTG.
Nas gestantes já em uso de TARV prévia à gestação, com carga viral indetectável, deve-se manter o mesmo esquema ARV. Para aquelas gestantes em uso de TARV com carga viral detectável, deve-se reforçar a realização de exame de genotipagem e fazer o encaminhamento para serviço de referência para uso de esquemas de resgate.
TDF: Tenofovir; 3TC: Lamivudina; EFV: Efavirenz; AZT: Zidovudina; RAL: Raltegravir; DTG: Dolutegravir.

 

Bibliografia Selecionada:

1. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2015:248p. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-prevencao-da-transmissao-vertical-de-hiv
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Nota Informativa nº 007/2017 – DDAHV/SVS/MS. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.  [acesso em 22 de jun de 2018]. Disponível em: http://azt.aids.gov.br/documentos/siclom_operacional/Nota%20Informativa%20007%20-%20protocolo%20de%20uso%20ARV%20-%202017.pdf
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Nota Informativa Complementar nº 019/2017 – DDAHV/SVS/MS. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.  [acesso em 22 de jun de 2018]. Disponível em: http://azt.aids.gov.br/documentos/Nota%20Informativa%20COMPLEMENTAR%20019-2017.pdf