Os contatos ou comunicantes em hanseníase são pessoas próximas de pacientes que vivem com a hanseníase e que podem ser da esfera familiar ou social. Na esfera familiar, são considerados próximos aqueles com convívio prolongado por anos e estão no mesmo ambiente, ou seja, moram na mesma casa. Na esfera social, o convívio também deve ser próximo, por tempo prolongado, mas que a proximidade ocorre por meio do trabalho, escola, igreja, vizinhança entre outros. Dessa forma, todos estes contatos devem ser considerados para rastrear novos casos de hanseníase.
Segundo as diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública do Ministério da Saúde, a vigilância de contatos tem por finalidade a descoberta de casos novos entre aqueles que convivem ou conviveram, de forma prolongada com o caso novo de hanseníase diagnosticado (caso índice). Além disso, visa também descobrir suas possíveis fontes de infecção no domicílio (familiar) ou fora dele (social).
Sugere-se avaliar anualmente, durante cinco anos, todos os contatos não doentes, quer sejam familiares ou sociais. Após esse período os contatos devem ser liberados da vigilância, devendo, entretanto, serem esclarecidos quanto à possibilidade de aparecimento, no futuro, de sinais e sintomas sugestivos da hanseníase(1).
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública : manual técnico-operacional. Brasília – DF. 2016:58p. Disponível em: http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/diretrizes_para_._eliminacao_hanseniase_-_manual_-_3fev16_isbn_nucom_final_2.pdf