Qual o seguimento de uma paciente com nódulo mamário BI-RADS 0 em mamografia não visualizado em ecografia?

| 16 dezembro 2009 | ID: sofs-3466
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,
Graus da Evidência:
Recorte Temático:

Ao discutir a abordagem de um achado anormal na mamografia, é importante considerar a probabilidade de malignidade dessa alteração. A classificação BI-RADS (Breast Image Reporting and Data System) ajuda a distinguir as lesões benignas das provavelmente malignas, e também possui a categoria indeterminada, que necessita de investigação complementar – BI-RADS 0.
A ultrassonografia da mama é um complemento diagnóstico importante tradicionalmente usado para diferenciar massas sólidas de císticas que são palpáveis ou detectadas na mamografia. As situações em que a ultrassonografia é mais útil são:

É importante lembrar que a ultrassonografia é um exame dependente do operador, podendo ter grande variabilidade entre diferentes examinadores.
No caso acima, duas opções são possíveis. A primeira delas é que se tratava de um artefato radiológico ou cisto mamário que regrediu no período entre a mamografia e a ultrassonografia. A repetição da mamografia ajudaria a confirmar essa possibilidade.
Outra hipótese é de que a ecografia não teve sensibilidade suficiente para detectar o nódulo, o que poderia se confirmar por um reexame cuidadoso.
Caso a alteração mamográfica continue não se confirmando na ecografia, o encaminhamento para o especialista está indicado.


Bibliografia Selecionada:

  1. Esserman LJ, Stomper PC. Diagnostic evaluation and initial staging work-up of women with suspected breast cancer [Internet]. UpToDate 13.3; 2005 [cited 2009 Dec 16]. Disponível em: http://www.uptodate.com