A micose das unhas ou, onicomicose, apresenta como sinais mais comuns o espessamento, o endurecimento e a perda de brilho das unhas, com dificuldade para cortá-las. No entanto, também podem surgir estrias nas unhas (riscos), alteração da cor de início distal (coloração amarelada, amarronada ou acinzentada), dor à manipulação e inflamação do tecido que fica ao redor da unha (paroníquia), podendo ou não ter infecção ou colonização por bactérias. Abaixo da unha também se pode perceber um material poroso e amarelado no leito ungueal. É comum existir associada à onicomicose, a tinea dos pés. A invasão da unha começa geralmente pela extremidade distal, mas pode também iniciar pela lateral, pela matriz da unha ou pela superfície. Quando a infecção tem início na superfície da unha, o resultado é uma unha porosa, embranquecida e superficial.
O tratamento para onicomicose pode ser tópico, com terapia oral ou sistêmica e/ou tratamento não medicamentoso. Os tratamentos tópicos (pomada, creme, gel) ainda precisam de estudos que mostrem sua eficácia, sendo indicados para onicomicoses distais, caso não seja possível realizar o tratamento sistêmico (com comprimidos). As opções para o tratamento tópico são várias, sendo: amorolfina, tioconazol , cicloporix olamina e butenafina, todos em esmalte.
O tratamento de escolha da onicomicose é o sistêmico (medicamentoso). A terapia combinada tópica e sistêmica tem pouca evidência a seu favor, não devendo ser utilizada. Para tratar a onicomicose deve-se ter certeza do diagnóstico, devido ao tempo de tratamento, o custo e os efeitos colaterais.
O desbridamento ou avulsão da unha (arrancamento) é controverso e, em geral, contraindicado, devido à dor causada pelo procedimento e pelo risco de infecções. No entanto, deve-se manter a unha sempre limpa e curta, buscando uma cura mais rápida. O tratamento da onicomicose pode ajudar no controle de fungos nas mãos e pés (tinha ou tinea).
É importante lembrar que nem todos os problemas nas unhas são infecções por fungo. A forma e a opacidade das unhas variam entre as pessoas e o envelhecimento pode aumentar ou diminuir a espessura das unhas. A estrutura da unha pode ser alterada por doenças cutâneas primárias (doenças da pele), infecções, traumas, doenças sistêmicas, síndromes congênitas, tumores e uso de alguns medicamentos.
Portanto, devido às várias causas de problemas nas unhas é importante que os usuários com este tipo de alteração sejam encaminhados ao médico da equipe de saúde para uma adequada avaliação e para que recebam o tratamento correto.