Para pacientes com sintomas leves ou para as que não querem ou não podem fazer uso de terapia hormonal, hidratantes e lubrificantes vaginais poderiam ser uma boa opção terapêutica para o tratamento da atrofia vaginal (1). No entanto, os hidratantes vaginais não são comercializados no Brasil. Já os lubrificantes estão disponíveis no mercado, devendo-se dar preferência àqueles com base de água, que são mais efetivos no ressecamento e menos alergênicos, evitando piora de sintomas como prurido (2).
Para pacientes com sintomas moderados ou importantes, a melhor resposta costuma ocorrer com o uso de Terapia de Reposição Hormonal (TRH), mais especificamente de estrógenos. Levando-se em conta os efeitos adversos advindos do uso sistêmico da TRH, a melhor opção para a grande maioria das pacientes é o uso de estrógeno tópico em baixas doses (1,3).
Entre os estrógenos utilizados estão os Estrógenos conjugados e o Estradiol.
Várias modalidades de aplicação podem ser utilizadas com pouca diferença em termos de efetividade: comprimido vaginal, pessário vaginal, creme e anel vaginal (1,4). A escolha do método deve levar em conta o custo e preferência da paciente.
Importante ressaltar que, embora recomendada doses maiores na bula de alguns destes medicamentos citados, a dose ideal de Estrógeno conjugado deve ser inferior a 0,5 g e a de Estradiol inferior a 50 mcg. Isto para que a absorção sistêmica seja mínima e o os potenciais efeitos adversos reduzidos (1).
Paralelamente às terapias tópicas, duas recomendações devem ser repassadas a todas as mulheres com atrofia vaginal. A primeira de que o tabagismo contribui para a piora da secura vaginal na medida que está associado com maior deficiência estrogênica e a segunda de que atividade sexual (com parceiro ou através de masturbação) contribui para manutenção do epitélio vaginal saudável e redução da sintomatologia (1).