Qual o melhor método para esterilização de limas endodônticas? Estufa ou autoclave? E qual a forma de armazenamento?

| 24 agosto 2010 | ID: sofs-5070
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

De acordo com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) as limas endodônticas devem, preferencialmente, ser esterilizadas em autoclave. Atualmente, a esterilização em estufas (calor seco) é recomendada por organismos nacionais e internacionais apenas para alguns tipos de brocas e alicates ortodônticos na Odontologia. Estas indicações se justificam pelo fato de o processo exigir longo período de tempo e altas temperaturas, podendo ocorrer falhas durante a esterilização. Ainda mais, os equipamentos utilizados atualmente nos serviços odontológicos não são automatizados, não permitem registros confiáveis dos parâmetros físicos do processo, permitem a interrupção do processo e o monitoramento biológico é complexo. (1, 2)
As embalagens recomendadas para a esterilização em autoclave são o papel grau cirúrgico, papel crepado, tecido não-tecido, tecido de algodão cru (campo duplo), vidro e nylon, cassetes e caixas metálicas perfuradas. Embalagens compostas de papel grau cirúrgico devem ter o ar removido antes da selagem, pois o ar atua como um obstáculo na transmissão de calor e de umidade.
O fechamento do papel grau cirúrgico deve promover o selamento hermético da embalagem e garantir sua integridade. A faixa de selagem deve ser ampla, preferencialmente de 1 cm ou reforçada por duas ou três faixas menores. Recomenda-se promover o selamento deixando uma borda de 3 cm, o que facilitará a abertura asséptica do pacote. As embalagens devem ser identificadas antes da esterilização. A identificação deve ser feita em fita ou etiqueta adesiva e deve conter a descrição do conteúdo, quando necessário, data e validade da esterilização e nome do funcionário responsável pelo processamento do artigo. (1)
Após a esterilização, o instrumental deve ser armazenado em local exclusivo, separado dos demais em armários fechados, protegido de poeira, umidade e insetos, e a uma distância mínima de 20 cm do chão, 50 cm do teto e 5 cm da parede. O local de armazenamento deve ser limpo e organizado periodicamente, sendo verificados sinais de infiltração, presença de insetos, retirando os pacotes danificados, com sinais de umidade e prazo de validade da esterilização vencido. Estes artigos devem ser processados novamente. Os pacotes esterilizados devem ser manipulados o mínimo possível e com cuidado. (1)


Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf Acesso em 24 ago 2010.
  2. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Recommended Infection: control practices for dentistry. Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR). 1993;42(RR-8):1-11. Disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/PDF/rr/rr5217.pdf Acesso em: 24 ago 2010.