As evidências disponíveis revelam que manter a bolha intacta reduz o risco de infecção quando comparado à aspiração da bolha (p<0,05). (Grau de recomendação: B).
Especialistas recomendam o uso de sulfadiazina em virtude de a sua efetividade ser semelhante à de outros tratamentos, seu baixo custo e disponibilidade em nosso meio (Grau de recomendação: D), porém a literatura questiona seus benefícios em queimaduras sem infecção.
Apesar de haver evidência do efeito antibacteriano da sulfadiazina, não há evidência direta de que melhore a cura ou reduza as taxas de infecção. (Grau de recomendação B).
Um estudo comparou o uso de gentamicina tópica com sulfadiazina de prata tópica a fim de avaliar profilaxia para infecção secundária. Os autores concluíram não haver beneficio de uso em relação ao desfecho em nenhum dos dois grupos. (Grau de recomendação B).
Um estudo Chinês comparou o uso de Hippophae rhamnoides com uso de gaze vaselinada e encontrou melhora estatisticamente significativa da dor, redução do exudato e reepitelização nos pacientes que fizeram curativos com essa planta medicinal chinesa quando comparado ao grupo que realizou curativos com gaze vaselinada.
Por fim, cabe ressaltar que a seleção do agente tópico ou tipo de cobertura a ser utilizada no tratamento de queimaduras deve ser realizada com base na avaliação das características da ferida, em evidências apresentadas na literatura. A escolha dos agentes tópicos deve permitir a prevenção de infecção ou minimizar a proliferação de bactérias nas feridas. Aspectos relacionados com a toxicidade devem ser cuidadosamente avaliados, considerando-se a ação que cada produto pode ter no processo de epitelização.