Uma revisão sistemática da Cochrane incluiu 42 Ensaios Clínicos Randomizados com pacientes portadores de ulcera venosa, destes 23 avaliaram o uso de hidrocoloide, 6 o uso de gel foam, 4 o uso de alginato, 6 hidrogel e 3 utilizaram uma miscelânea de curativos. Em nenhuma das comparações houve evidência de que um dos tipos de curativo fosse superior ao outro em termos de cura das feridas. As evidências atuais não sugerem que o uso de hidrocolóide seja mais efetivo do que simples curativos com baixa aderência usados com compressão abaixo (curativo simples com gase e soro). Os revisores concluíram que a decisão do tratamento deve levar em consideração as características da ferida, os custos locais do tratamento e a preferência dos pacientes e do profissional que o atende.
O Protocolo de feridas do Projeto Telessaúde está em fase final de elaboração e nele consta a seguinte orientação: o profissional deve seguir os passos da ficha de acompanhamento (disponível no site do projeto) para verificar a evolução do tratamento proposto num espaço de 7 dias. Nesse momento avalia-se se está ocorrendo melhora ou não com o material utilizado no curativo.
Caso a Unidade de Saúde não disponha de nenhum recurso além de soro e gaze o mais indicado é realizar curativos 3 vezes ao dia, sendo que durante a realização do primeiro curativo, pela manhã, realiza-se troca da gaze que está em contato com a ferida lavando com soro em jato (um único furo de agulha 25×8 no frasco de soro). Cabe ressaltar, que o soro deve ser morno. Orienta-se sempre manter meio úmido, não esfregar gaze na ferida e não secar. Deixar gaze úmida de soro na ferida colocar apositos após gazes atadura etc. Por fim, o que for necessário para fechar e fixar curativo. Nos demais curativos do dia trocar somente o aposito e manter a gaze úmida com soro morno que está em contato com a ferida, devido formação de tecido de epitelização.