Baseado na prevalência dos germes mais comumente envolvidos na doença inflamatória pélvica (DIP), o Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (1) produzido pelo Ministério da Saúde recomenda que os esquemas terapêuticos devem ser eficazes contra Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis e os anaeróbios, em especial o Bacteroides fragilis (que podem causar lesão tubária), mesmo que esses não tenham sido confirmados nos exames laboratoriais.
Além disso, também devem contemplar a vaginose bacteriana, frequentemente associada à DIP, bactérias gram negativas, bactérias facultativas e estreptococos. São recomendados um dos dois esquemas antimicrobianos a seguir, para o tratamento de DIP leve/moderada em ambiente de Atenção Primária à Saúde (APS):
- Esquema 1: Ceftriaxona 250 mg IM dose única + Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas, por 14 dias + Metronidazol 500 mg, VO de 12/12 horas, por 14 dias
- Esquema 2 Ofloxacina 400 mg VO de 12/12 horas por 14 dias ou Ciprofloxacina 500 mg VO de 12/12 horas por 14 dias + Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 14 dias + Metronidazol 500 mg VO de 12/12 horas por 14 dias.