Qual medicação utilizar nos casos de pulpotomia em dentes decíduos?

| 26 março 2019 | ID: sofs-41714
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

Para casos de pulpotomias de dentes decíduos o Agregado Trióxido Mineral (MTA) apresenta resultados clínicos e radiográficos significativamente mais satisfatórios, em relação aos demais materiais.  A preservação da vitalidade pulpar e indução da formação de dentina reparadora podem ser alcançadas com o uso do hidróxido de cálcio ou do MTA2. Na APS sugere-se a utilização do hidróxido de cálcio, pela disponibilidade do material, tendo certeza da não necrose da polpa.

Nos casos de pulpotomia também pode ser utilizado o sulfato férrico com eletrocauterização.3  Atualmente o imento Portland tem sido pesquisado com o mesmo objetivo4. Ainda existem controvérsias acerca do uso do Formocresol em pulpotomias de dentes decíduos devido à biocompatibilidade4.


Atributos da APS
As equipes de saúde bucal devem garantir o acompanhamento odontológico das crianças na APS, visando à prevenção e ao tratamento de possíveis doenças bucais já instaladas. A Estratégia de Saúde da Família é um importante espaço para as ações de educação e prevenção em saúde bucal.

Bibliografia Selecionada:

1- Peng L, Ye L, Guo X, Tan H, Zhou X, Wang C, Li R. Evaluation of formocresol versus ferric sulphate primary molar pulpotomy: a systematic review and meta-analysis. Int Endod J 2007; 40(10):751-7. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1365-2591.2007.01288.x
2- Ng FK, Messer LB. Mineral trioxide aggregate as a pulpotomy medicament: an evidence-based assessment. Eur arch paediatr dent 2008; 9(2):58-73. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18534173
3- Associação Brasileira de Odontopediatria. Manual de referência para procedimentos clínicos em Odontopediatria. São Paulo: Associação Brasileira de Odontopediatria; 2009. Disponível em: http://www.abodontopediatria.org.br/manual1/Capa-Agradecimentos-Prefacio-indice.pdf
4- Lourenço Neto N, et al. Terapia pulpar em dentes decíduos: possibilidades terapêuticas baseadas em evidências. Rev Odontol UNESP. 2013 Mar-Apr; 42(2): 130-37. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rounesp/v42n2/a11v42n2.pdf