As pneumonias constituem uma das principais causas de morte no mundo, especialmente em países em desenvolvimento. A mortalidade por pneumonia gira em torno de 12%, atingindo índices mais elevados em crianças até quatro anos de idade e em adultos com mais de 60 anos.
No grupo de pacientes com doença leve, tratados ambulatorialmente, a mortalidade é inferior a 1%. No Rio Grande do Sul, as pneumonias ocupam o segundo lugar entre as causas de internação hospitalar na população em geral, consideradas todas as idades, precedidas apenas pelo número de internações por parto normal.
As pneumonias adquiridas na comunidade (PAC) podem ser definidas como infecções agudas do parênquima pulmonar, que acometem indivíduos fora do ambiente hospitalar ou nas primeiras 48 h após a admissão (1).
A maioria dos estudos identifica o Streptococcus pneumoniae (pneumococo) como o agente causal mais freqüente em todas as idades e níveis de atendimento, seguido de (em ordem decrescente): Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Vírus respiratórios, e Haemophilus influenza (mais encontrado nos pacientes tabagistas e portadores de DPOC) (2).
A escolha do local de tratamento baseado na gravidade da doença é a decisão mais importante a ser tomada após o diagnóstico. A Sociedade Americana de Tórax (ATS), entre outras recomendações, sugere a hospitalização para os pacientes com idade superior a 65 anos. A Diretriz brasileira para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes de 2009 (2) apresenta figuras com o escore de gravidade da doença da British Thoracic Society. Recomendamos fortemente a sua leitura.