Segundo o Ministério da Saúde após diagnóstico confirmado, a gestante deverá iniciar tratamento o mais breve possível com penicilina benzatina porém é necessário realizar a classificação (Sífilis recente, Sífilis tardia) para que seja realizada a dosagem correta.
Em face ao esquema a Sífilis recente deverá ser tratada com a administração de benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo). No caso de Sífilis tardia, deverá ser administrada benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/ semana (1,2 milhão UI em cada glúteo) por 3 semanas. Dose total: 7,2 milhões UI, IM.
Desse modo é importante tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão vertical, além de acompanhamento com teste não treponêmico, para controle terapêutico da gestante, notificar o caso de sífilis e realizar o registro no cartão de pré-natal.
A sífilis é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ser transmitida por meio da relação sexual desprotegida ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.
Com relação a classificação pode ser: sífilis primária, secundária e latente recente (com até um ano de evolução) e sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis terciária.
É importante ressaltar que a administração de benzilpenicilina benzatina pode ser feita com segurança na Atenção Primária à Saúde, tanto para a pessoa com sífilis quanto suas(s) parceria(s) sexual(ais). No caso de gestantes é a única opção segura e eficaz para o tratamento adequado.
1. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). (Acesso em 02/fev/2022). Brasília – DF, 2020: Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-integral-pessoas-com-infeccoes
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Fluxogramas para Manejo Clínico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). (Acesso em 02/fev/2022). Brasília-DF. 2021:69p. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2021/fluxogramas-para-manejo-clinico-das-ist