A visita domiciliar faz parte das possibilidades de intervenção terapêutica em saúde mental. A atenção básica realiza as visitas e em geral os profissionais de saúde tem boa adesão a essa atividade quando encontra um ambiente favorável dentro dos serviços para realizá-las. A visita domiciliar pode ser realizada por um profissional da saúde mental ou da atenção básica visto que ela está ancorada no referencial da atenção psicossocial, considerando a noção de território e a integralidade das ações das redes de saúde. Cabe à equipe interdisciplinar avaliar a necessidade e pertinência das visitas domiciliares. Outro ponto a ser considerado é a necessidade do paciente em relação a sua demanda e a contribuição da visita domiciliar para o seu tratamento.
Não existem normas claras para definir a indicação de uma visita domiciliar, mas convencionou-se indicá-la nos casos em que o paciente está incapacitado de comparecer ao serviço para o tratamento, quer seja por questões de saúde clínicas ou psíquicas. A literatura aponta que os pacientes inseridos em um programa de visitas domiciliares se beneficiam das mesmas, não só em relação ao seu acompanhamento quanto às questões clínicas que possam acometê-lo no caso de comorbidades.