(SOF Arquivada) Qual a estratégia para o município atuar frente a epidemia do crack? Qual o efeito do crack sobre o organismo?

| 21 julho 2009 | ID: sofs-1356
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

SOF atualizada: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-estrategia-para-o-municipio-atuar-frente-a-epidemia-do-crack-qual-o-efeito-do-crack-sobre-o-organismo-2/

O Município deve trabalhar em duas frentes para o adequado enfrentamento da epidemia de uso de crack:

  1. tratar os dependentes com equipe multidisciplinar
  2. criar atividades preventivas para evitar o aumento do número de usuários, através de trabalhos junto às escolas, de atividades para os adolescentes (esportes, cursos, oficinas, atividades culturais), orientação aos pais, etc.

Os efeitos do crack sobre o organismo são de euforia, sensação de aumento de energia, aumento da auto-estima, diminuição da fadiga e aumento do desejo sexual. Aumento da pressão arterial e da freqüência dos batimentos cardíacos. Em altas doses pode levar a insuficiência cardíaca, edema de pulmão, arritmias cardíacas e morte.
Em doses mais altas pode ocorrer perda da capacidade de julgamento, grandiosidade, impulsividade, alucinações e extrema agitação. Em caso de overdose o quadro pode evoluir para convulsões, aumento da temperatura corporal (mais de 41°C).
A medida que o consumo torna-se crônico, os efeitos prazerosos diminuem e surgem ansiedade, sonolência, sintomas paranóides e depressivos, além de um desejo incontrolável de usar a droga. Podem aparecer disfunções sexuais, incluindo impotência, incapacidade de ejaculação e diminuição do desejo sexual. Além disso, ocorrem alterações pulmonares com diminuição da capacidade pulmonar e o “pulmão de crack”, caracterizado por dor no peito, falta de ar e tosse com escarro hemoptóico.


Bibliografia Selecionada:

  1. Diemen LV, Kessler FHP, Pechansky F. Drogas: uso, abuso e dependência. In: Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2004. p. 917-31.