Qual a especificidade e sensibilidade do teste rápido da dengue e que tipos existem?

| 10 fevereiro 2015 | ID: sofs-18558
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,
Graus da Evidência:

Existem alguns exames laboratoriais que podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico de dengue. No entanto, quando uma região está passando por uma epidemia de dengue, o diagnóstico pode ser feito apenas pela sintomatologia (este critério dependerá de orientações da vigilância sanitária local) e dados epidemiológicos locais.
Dentre os exames sorológicos estão:

*O período adequado para realização da sorologia dá-se a partir do sexto dia de doença.
Dentre os exames que detectam vírus ou antígenos virais, estão: isolamento viral; RT-PCR; imuno-histoquímica; NS1. Estes são métodos disponíveis geralmente nos laboratórios de referência estaduais e nacionais, seu uso deve, sempre, ser discutido com os integrantes das equipes de Vigilância Epidemiológica; recomenda-se a realização nos primeiros três dias da doença, podendo ser realizado até o quinto dia.

O período adequado para a realização do isolamento viral é até o quinto dia da doença, principalmente os três primeiros dias.


Complementação:
A identificação precoce dos casos de dengue é de vital importância para a tomada de decisões e implantação de medidas de maneira oportuna, visando principalmente evitar a ocorrência de óbitos. A organização dos serviços de saúde, tanto na área de vigilância epidemiológica quanto na prestação de assistência médica, é necessária para reduzir a letalidade por dengue no país, bem como permite conhecer a situação da doença em cada região. É mandatória a efetivação de um plano de contingência que contemple ações necessárias para o controle da dengue em estados e municípios.

Atributos APS:
O acesso ao atendimento é o atributo da atenção primária à saúde (APS) mais importante nas situações de epidemia de dengue. Todas as pessoas que necessitarem devem passar por avaliação, recebendo o atendimento ou o encaminhamento indicados.

Educação Permanente:
A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Na apresentação clássica, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária. O exantema clássico, presente em 50% dos casos, é predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e mãos, podendo apresentar-se sob outras formas com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre.
Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes. Segundo Brito (2007), a diarreia, presente em 48% dos casos, habitualmente não é volumosa, cursando apenas com fezes pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia, o que facilita o diagnóstico diferencial com gastroenterites de outras causas.
Entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, quando ocorre a defervescência da febre, podem surgir sinais e sintomas como vômitos importantes e frequentes, dor abdominal intensa e contínua, hepatomegalia dolorosa, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade excessiva, hipotermia, sangramento de mucosas, diminuição da sudorese e derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite). Os sinais de alarme devem ser rotineiramente pesquisados, bem como os pacientes devem ser orientados a procurar a assistência médica na ocorrência deles.

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Bibliografia Selecionada:

  1. Laboratório Oswaldo Cruz. Novo exame – dengue antígeno NS1 [Internet]. [citado 2013 Jan 10]. Disponível em: http://www.oswaldocruz-lab.com.br/_dengue_ns1.asp Acesso em: 19 fev 2015.
  2. Clinica São Vicente [Internet]. [citado 2014 Jan 10]. Disponível em: http://clinicasaovicente.com.br/2011/12/testes-diagnosticos-rapidos-para-dengue/ Acesso em: 19 fev 2015.
  3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_diagnostico_manejo_adulto_crianca_3ed.pdf Acesso em: 19 fev 2015.