Este tema é relevante para os profissionais da APS, dado que atuam em colaboração intersetorial com a rede educacional.
A dependência química (Amato 2005) é uma doença crônica, recorrente, caracterizada pelos efeitos do consumo prolongado da droga e o transtorno comportamental devido à sua busca compulsiva (Leshner 1997). O uso experimental, que precede à dependência, afeta principalmente os adolescentes, que “consomem drogas simplesmente pelas sensações prazerosas de euforia que as mesmas possam produzir e para sentir-se aceito pelo seus colegas” (Leshner 1999).
As escolas constituem um âmbito propício para os programas de prevenção do consumo ilegal de drogas. Quatro em cada 5 fumantes (nicotina) iniciam antes da idade adulta; assim a prevenção do consumo de substâncias (legais ou ilegais) deve centrar-se nas crianças em idade escolar e nos adolescentes, antes que se estabeleçam suas crenças e expectativas de consumo de substâncias.
As escolas oferecem uma maneira sistemática e eficiente de ter acesso a um número considerável de jovens, desde que haja pessoal preparado para aproveitar essa oportunidade de prevenção. As equipes de APS podem desempenhar este papel em colaboração com a escola.