Qual a conduta em caso de contactantes domiciliares de paciente que já está em tratamento para Hanseníase?

| 14 julho 2016 | ID: sofs-25220
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,
Graus da Evidência:
Recorte Temático:

A Hanseníase é uma doença infecciosas crônica de importância para a saúde pública, tendo o Mycobacterium leprae como agente etiológico. O paciente que está sendo tratado deixa de transmitir a doença, cujo período de incubação pode levar de três a cinco anos. A maioria das pessoas que entra em contato com estes bacilos não desenvolvem a enfermidade. É importante esclarecer que é considerado contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos cinco anos. Assim, a investigação epidemiológica de contatos (por finalidade a descoberta de casos novos entre os intradomiciliares) consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos intradomiciliares dos casos detectados. Nesse sentido, deverá ser feita a orientação quanto ao período de incubação, transmissão, sinais e sintomas precoces da hanseníase. Também deve-se ter especial atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, visto que o adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa da Hanseníase, portanto, deverá ser controlada.


Após a avaliação, se o contato for considerado não-doente (indene), avaliar cicatriz vacinal de BCG e seguir a recomendação das novas condutas preconizadas, que não mais deve fazer aprazamento do contato para a segunda dose. Além disso, os casos multibacilares terão concluído o tratamento com 12 (doze) doses supervisionadas (12 cartelas PQT/OMS – MB), em até 18 (dezoito) meses. Ao final da 12ª cartela os pacientes deverão retornar para realização de novo exame dermatoneurológico, avaliação do grau de incapacidade e alta por cura, quando então serão retirados do registro de casos em curso de tratamento.

Bibliografia Selecionada:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica . – 2. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. Disponíve em: http://dab.saude.gov.br/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad21.pdf. Acesso em 06 de julho de 2016.
  2. LASTORIA, JC; ABREU, MAMM. Hanseníase: diagnóstico e tratamento. Diagn Tratamento – Dermatologia, 2012 17(4):173-9. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2012/v17n4/a3329.pdf. Acesso em 06 de julho de 2016.