Estomatite é um termo genérico para qualquer inflamação da mucosa oral, podendo o paciente apresentar sinais, sintomas e evolução muito diversos, devido a seus vários agentes causais como vírus (herpes), bactérias, fungos, traumas, etc.
Os sinais e sintomas gerais são: dor, febre, mal-estar e alterações da função oral.
O tratamento deve ser específico para cada tipo de estomatite, por isso é necessário que o paciente seja encaminhado a um cirurgião-dentista ou a um médico para sua avaliação e tratamento.
Dentre os diversos tipos de estomatite, podemos citar alguns tipos, como:
Estomatite protética: é um processo inflamatório que se desenvolve em pacientes que utilizam próteses totais removíveis (dentadura) com a presença de áreas avermelhadas no palato duro (“céu da boca”). Geralmente assintomática, porém pode apresentar queimação, sintomatologia dolorosa, prurido e sabor desagradável. Pode se desenvolver devido ao uso contínuo da prótese ou por infecção por Candida1,2. Pode ser tratada com melhoras na higienização da prótese ou em alguns casos com o uso de medicações antifúngicas.
Gengivoestomatite herpética primária: é causada pelo vírus do herpes simples (HSV). A lesão é observada mais frequentemente em crianças com idade variando entre 1 a 5 anos e em adolescentes e adultos jovens. É caracterizada por inúmeras vesículas que rompem e formam pequenas ulcerações, acompanhadas de febre, mal-estar, irritabilidade, dor de cabeça e linfadenopatia regional. Pode acometer toda a mucosa oral envolvendo os lábios e gengiva. O tratamento pode ser dar através de utilização de aciclovir nas formas sistêmica e tópica e com colutórios bucais anestésicos3.
Estomatite aftosa recorrente: é caracterizada pela presença de lesões aftosas na mucosa oral, podendo ser simples ou múltiplas possuindo diversas causas de desenvolvimento como deficiência nutricional, alergia a alimentos, relação com doenças autoimunes, etc. Esses pacientes apresentam dor e alteração das funções orais, tais como deglutir. Não há um tratamento estabelecido para a cura das lesões, mas tratamentos para o alívio dos sintomas e cicatrização4.
Atributos da APS
O paciente com algum tipo de estomatite deve possuir ter seu acesso facilitado ao serviço de saúde a fim de que possa ser realizado o correto diagnóstico, o tratamento e os encaminhamentos caso necessário. Ademais, é necessário que o paciente seja acompanhando na Unidade Básica de Saúde, pois, muitas vezes, as estomatites estão associadas a problemas sistêmicos.
Costa GB, Castro JFL. Etiologia e tratamento da estomatite aftosa recorrente – revisão de literatura. Medicina (Ribeirão Preto). 2013;46(1):1-7. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/62322