Os riscos na gravidez ou parto por conta de hérnia umbilical são mínimos.
Hérnias abdominais surgem por alterações expressivas do volume abdominal, por ganho de peso ou por gravidez, que podem levar à flacidez, ao acúmulo de excesso de pele, cobrindo parcialmente o umbigo, e ao afastamento dos músculos reto abdominais (1).
A doença, na maioria das vezes, é percebida somente pela protuberância no umbigo. Em certos casos, há desconforto abdominal. Nos quadros mais graves, no entanto, os sintomas compreendem: dor abdominal súbita e forte, enjoo, vômito ou constipação.
Nos casos onde o volume da hérnia é muito grande, pode acontecer de parte do intestino migrar da cavidade abdominal para o saco hernário, o que indicaria correção cirúrgica imediata pela possibilidade de comprometimento da circulação sanguínea para o órgão. Uma dor incapacitante apontaria sinais deste comprometimento.
Porém, em estudo que acompanhou cerca de 20 mil mulheres grávidas durante 3 anos, nenhuma precisou de cirurgia de emergência para hérnia abdominal ou teve alguma intercorrrência no nascimento de seu filho(2) . Logicamente, apesar de ser um evento raro, é importantíssimo o acompanhamento médico e multidisciplinar em um pré-natal com um mínimo de 6 consultas, iniciadas antes da vigésima semana. A orientação adicional é que a gestante procure o serviço de saúde caso surjam alterações súbitas em seu bem estar.
1. Chia CY, Roxo ACW, Labanca L, Ritter PD. Cirurgia estética e funcional do umbigo: técnica de plicatura transumbilical. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.). 2011;26(2):293-297. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752011000200017&lng=pt
2. Oma E, Bay-Nielsen M, Jensen KK, Jorgensen LN, Pinborg A, Bisgaard T. Primary ventral or groin hernia in pregnancy: a cohort study of 20,714 women. Hernia. 2017 Jun;21(3):335-339. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1618-7