Pacientes diabéticos, com a doença não controlada, somente deverão ser atendidos em situações de urgência odontológica(1). As complicações agudas em diabéticos são bastante significativas e devem sempre ser consideradas no tratamento dos pacientes portadores da doença. A mais significativa é o choque insulínico, caracterizado por um quadro de hipoglicemia aguda, que pode ser ameaçador à vida, pois se desenvolve muito rapidamente, atingindo perda da consciência e, possivelmente convulsões(1). A anamnese é a base da conduta odontológica, que tem por objetivo obter informações para formar uma ou mais hipóteses diagnósticas, permitindo assim, que o dentista comece a conceber o perfil do paciente que está sob sua responsabilidade e sendo recomendável que este paciente seja classificado de acordo com seu estado de saúde geral ou categoria de risco médico.
Seguindo as normas e manuais técnicos do Ministério da Saúde, deve-se priorizar o tratamento odontológico nos pacientes diabéticos, pois as infecções agudas e condições inflamatórias podem aumentar a taxa de glicose, devendo haver troca de informações entre os profissionais da equipe de saúde em relação à gravidade da doença, grau de controle, ajuste na dose de medicamentos, recomendações quanto à dieta e avaliação risco – benefício quanto ao uso de medicamentos e aos procedimentos invasivos.O cuidado em saúde bucal para as pessoas com DM (Diabetes mellitus) é fundamental para a manutenção dos níveis glicêmicos e deve contemplar orientação de dieta, controle do biofilme dental e acompanhamento no território pela equipe de saúde da UBS (Unidade Básica de Saúde) na busca pelo trabalho multiprofissional(2).
1. Andrade ED. Terapêutica medicamentosa em odontologia – 3.ed. São Paulo: Artes Médicas, 2014.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. A saúde bucal no Sistema Único de Saúde. Brasília – DF. 2018:350p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal_sistema_unico_saude.pdf