A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, e a partir dessa idade, introdução de alimentos locais e ricos em nutrientes como complementação e a manutenção da amamentação até dois anos de idade ou mais” (RESOLUÇÃO 54.2, 2001, OMS). No que diz respeito à alimentação com leite artificial, podemos distinguir quatro tipos de riscos: para a criança, para a mãe, para o ambiente e para a sociedade. Na criança está aumentado o risco, entre outros, de mortalidade, gastroenterite aguda, otite, infecção respiratória baixa, asma, doença celíaca, diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, doenças inflamatórias do intestino, leucemias agudas e linfomas, obesidade, hipertensão arterial e colesterol, morte súbita do lactente e má-oclusão dentária. Na mãe está aumentado, entre outros, o risco de câncer da mama, câncer do ovário, obesidade, infarto agudo do miocárdio, diabetes mellitus tipo 2, depressão pós-parto, doença da vesícula biliar e osteoporose. Para o ambiente, alimentar com leite artificial aumenta o consumo de recursos que começam a escassear, e a acumulação de lixo não-biodegradável. Para a sociedade, há repercussões nos orçamento familiar e do estado, além de consequências relacionadas com a alteração da vinculação mãe-bebê. Enfim, quando não se pratica a amamentação exclusiva, as fórmulas infantis costumam ser usadas; e, o Código Internacional de Substitutos do Leite Materno, da Organização Mundial da Saúde exige que os pais recebam informações completas sobre os riscos à saúde que decorrem do uso desnecessário e inadequado da fórmula para bebês. Entretanto, quando há a necessidade de introdução de fórmulas lácteas (ex.: ganho insuficiente de peso, problemas materno infantis, etc), os pais devem ser orientados a como realizar esta complementação da forma mais adequada possível.