Durante o atendimento odontológico e procedimentos de rotina, a Equipe de Saúde Bucal (ESB) deve usar os equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e máscaras. Considerando que os dentistas usem o EPI e que os indivíduos em tratamento deixam de ser casos contaminantes1, é pequeno o risco de transmissão do bacilo ao dentista durante a realização do tratamento odontológico3. Ainda que a ESB possa estar mais exposta em áreas de endemia, a relevância na identificação de casos suspeitos de hanseníase pelo dentista, durante o atendimento odontológico, parece trazer maior benefício para os pacientes do que contribuir para o risco de transmissão da hanseníase aos profissionais da ESB2.
Complementação
A transmissão da Hanseníase se dá por secreções nasais, tosses, espirros, ou seja, pelas vias aéreas superiores, de um indivíduo que apresente a forma infectante da doença e não esteja em tratamento. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo. O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar aumenta a chance da pessoa se infectar1. É muito importante que a ESB some nos esforços para o indivíduo a aderir ao tratamento, pois ele evita a evolução da doença e, consequentemente, impede a instalação das incapacidades físicas por ela provocadas.