Orienta-se a notificação do caso, solicitação de exames para controle, observação domiciliar e avaliação médica diária com registro em prontuário por, no mínimo, 21 dias(1).
Os exames que devem ser solicitados são hemograma, TAP, TTPA, bilirrubinas totais e frações, creatinina, TGO e TGP(1).
O cuidador deverá estar atento a qualquer mudança no quadro da criança e médico deve questionar em suas avaliações diárias sobre sintomas que podem sugerir evolução para reação grave à vacina, como febre, cefaleia, mialgia, artralgia, náuseas e vômitos, dor abdominal. No exame físico, deve atentar para icterícia, sangramentos, petéquias, hepatolegalia(1).
Surgindo qualquer sintoma ou, em caso de alteração no exame físico, sugere-se internação imediata , hidratação venosa, dipirona se necessário, ondancetrona se náuseas ou vômitos, nova coleta dos exames citados anteriormente e encaminhamento para serviço de saúde pediátrico que tenha suporte de unidade intensiva, caso este seja necessário(1).
Doença neurológica associada à vacina é bem mais rara e caracteriza-se pelo aparecimento, de 7 a 21 dias após a aplicação, de febre e sinais neurológicos variados, como cefaleia intensa, convulsão, torpor, paresias e meningismo (meningoencefalite viral), tendo, em geral, evolução benigna(1).
Em um estudo prospectivo onde foram acompanhadas 49 pessoas que receberam superdosagem equivocada da vacina de febre amarela, apenas 2,1% apresentaram sintomas, os quais foram considerados leves(2).
A preocupação referente à sobredose desta vacina neste caso é por ela ser composta de vírus atenuados e não inativados. Os eventos não alérgicos relacionados a esta vacina podem ocorrer devido ao tropismo do vírus pelas vísceras, principalmente fígado e rins e em casos mais raros pelo acometimento do sistema nervoso central(1).