Os profissionais de saúde podem desenvolver atividades no âmbito da Estratégia Saúde da Família (ESF) para ajudar o público adolescente a resolver conflitos de forma não violenta, através da mediação, da negociação e impulsionando esses jovens à compreensão da diversidade, da tolerância, do combate ao bullying, ao preconceito e à discriminação, estabelecendo relações de respeito mútuo e estreitando o índice de agressões e violência no ambiente familiar. Além disso, ressaltamos que é importante também estabelecer parceria com demais seguimentos sociais, como a escola, o Conselho Tutelar ou até mesmo com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) para ajudar na resolução de conflitos e/ou promover a negociação.(3,4)
As situações conflituosas entre adolescentes podem ser prevenidas, tendo em vista que a Estratégia Saúde da Família (ESF) pode contribuir para evitar a violência por meio da promoção da cultura da paz, mediando no enfrentamento dos problemas e conflitos de forma não violenta, respeitando as diferenças e defendendo os direitos das pessoas, pois ser pacífico não significa necessariamente ser passivo, mas tomar uma atitude positiva diante dos problemas.(1) Dessa forma, a Organização das Nações Unidas (ONU) define cultura da paz como um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida de pessoas, grupos e nações baseados no respeito pleno à vida e na promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, na prática da não violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação, podendo ser uma estratégia política para a transformação da realidade social.(1,2)
Os profissionais de saúde desempenham um importante papel ao contribuir para a prevenção da violência familiar e, em se tratando de um fenômeno multicausal, é importante abordar com os adolescentes temas como virtudes, valores sociais, ética, solidariedade, por meio de questionamentos e atividades educativas de conscientização e sensibilização, pois falar em Educação para a Paz é articular ações e atividades relacionadas à formação de pessoas de bem, com respeito, dignidade ao próximo, que pensem e ajam de forma pacificadora, ou seja, cidadãos conscientes em melhorar a vida e o ambiente em que vivem. (1,2,3)