A recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com base na Resolução-RDC 216/2004, é que os alimentos como frutas, legumes e hortaliças devam ser corretamente higienizados, uma vez que podem ser consumidos crus, a fim de eliminar micróbios patogênicos e parasitas1.
Para higienização desses alimentos é indicado:
1) Selecionar, retirando as folhas, partes e unidades deterioradas;
2) Lavar em água corrente os vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula, agrião, etc.) folha a folha, e as frutas e legumes um a um;
3) Colocar de molho por 10 minutos em água com hipoclorito de sódio (ressalta-se a contraindicação do uso de água sanitária para esse fim por conter resíduos químicos – alvejantes), na diluição de 200 ppm (1 colher de sopa para 1 litro) ou seguindo a orientação do fabricante;
4) Lavar bem as mãos e os utensílios que serão utilizados antes de fazer o corte dos alimentos para a montagem dos pratos;
5) Manter os alimentos sob refrigeração até a hora de servir1,2,3.
Além dessa orientação, especificamente em relação à prevenção primária de contaminação por Toxoplasma Gondii, indica-se4,5:
– Não ingerir carnes cruas, mal cozidas ou mal passadas;
– Beber, sempre que possível, água tratada e sujeita a controle de qualidade. Ferver a água não tratada antes de consumi-la;
– Lavar as mãos ao manipular alimentos;
– Após manusear carne crua, lavar bem as mãos e toda a superfície que entrou em contato com esse alimento e os utensílios utilizados;
– Usar luvas e lavar bem as mãos após realizar atividades de jardinagem;
– Evitar contato com fezes de gato no lixo ou no solo;
– Não consumir leite e seus derivados crus, não pasteurizados, seja de vaca ou de cabra;
– Limpar a caixa de areia de gatos e trocá-la diariamente com o uso de luvas e pazinha;
– Alimentar os gatos com carne cozida ou ração, não os deixando ingerir caça;
– Lavar bem as mãos após contato com animais;
– Evitar que gestantes ou indivíduos imunodeprimidos tenham contato com material que contenha ou possa conter fezes de gato (terra ou areia, caixas higiênicas, etc.).
Por fim, tomando-se como base uma concepção ampliada da Vigilância em Saúde, entende-se que a Atenção Básica é um espaço de possibilidades concretas de sua operacionalização, inclusive no que se refere às doenças transmitidas por alimentos6. Dessa forma, seja por meio de ações individuais ou coletivas, é papel das equipes de Saúde da Família, com apoio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família sempre que necessário, intervir em situações e condições que imponham risco à saúde através dos alimentos, buscando a promoção da segurança alimentar da população6.