Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 60% dos obesos aos sete anos permanecem obesos na vida adulta (1). O número de crianças obesas triplicou nos últimos 20 anos (2).
Há algumas décadas vêm sendo verificadas mudanças de hábitos alimentares, determinadas por fatores socioeconômicos e culturais, marcadas por maior consumo de açúcares e alimentos refinados, gordura saturada e proteína animal e menor consumo de fibras, hortaliças e carboidratos complexos, associados a hábitos sedentários, como o uso excessivo de videogames e computadores em detrimento de atividades recreativo-desportivas entre crianças e adolescentes.
A criança obesa já tem um risco maior de apresentar hipertensão arterial, colesterol alto, diminuição do hormônio do crescimento, distúrbios respiratórios e problemas ortopédicos. Além disso, tanto o adulto como a criança e o adolescente sofrem importante pressão psicológica e social(1).
A obesidade a longo prazo também aumenta a chance de desenvolver diabetes, doença cardíaca, derrame, pedras na vesícula, infertilidade, depressão, distúrbios do sono e alguns tipos de cânceres. Como consequência, a expectativa de vida pode ser reduzida. Alguns sintomas imediatos da obesidade são cansaço, sudorese excessiva e dores nas costas e articulações, como os joelhos(2).