Segundo o manual que consta os Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos (Ministério da Saúde 2006), os procedimentos para reduzir o risco de contaminação aérea, o que inclui a Tuberculose, seriam:
•Usar dique de borracha, sempre que o procedimento permitir;
•Usar sugadores de alta potência;
•Evitar o uso da seringa tríplice na sua forma spray, isto é evitar acionar o os dois botões ao mesmo tempo;
•Regular a saída de água de refrigeração;
•Higienizar previamente a boca do paciente mediante escovação e/ou bochecho com anti-séptico;
•Manter o ambiente ventilado;
•Usar exaustores com filtro HEPA;
•Usar máscaras de proteção respiratórias;
•Usar óculos de proteção;
•Evitar contato dos profissionais suscetíveis com pacientes suspeitos de sarampo, varicela, rubéola e tuberculose (1).
Como estabelecido na última recomendação da lista, o atendimento odontológico à pessoa com possibilidade de transmitir a tuberculose deve ocorrer apenas em caráter de urgência, evitando-se ao máximo procedimentos que gerem aerossóis, como profilaxias, restaurações, entre outros.
O ambiente odontológico, pelas suas particularidades, possibilita que o ar seja uma via potencial de transmissão de microorganismos (incluindo o da Tuberculose), por meio das gotículas e dos aerossóis, que podem contaminar diretamente o profissional ao atingirem a pele e a mucosa, por inalação e ingestão, ou indiretamente, quando contaminam as superfícies.
As gotículas e os aerossóis são gerados durante a tosse, espirro e fala, ou são provenientes dos instrumentos rotatórios, seringas tríplices, equipamentos ultra-sônicos e por jateamento.
1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: Ministério da Saúde. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 2006:156p. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf