No entanto, devido à relação custo-benefício, pois este é um exame invasivo e com um custo mais elevado, não se indica realizar a EDA antes da realização de um teste terapêutico apropriado e nos pacientes que não apresentem sintomas de alarme, como vômitos, evidência de sangramento ou anemia, presença de massa abdominal, perda ponderal importante e disfagia.
Consideram-se indicações para endoscopia digestiva alta diagnóstica:
- dor abdominal alta persistente apesar de um apropriado teste terapêutico (posologia e tempo de tratamento adequados);
- dor abdominal alta associada a sinais e sintomas sugestivos de doença orgânica séria, como anorexia e perda de peso;
- disfagia e odinofagia;
- sintomas de refluxo gastroesofágico que persistem ou recorrem apesar de terapêutica apropriada;
- vômitos persistentes de causa desconhecida;
- sangramento gastrointestinal oculto;
- acompanhamento de malignidade;
- biópsia de intestino delgado;
- avaliação de lesão aguda após ingesta de cáusticos.
São contraindicações absolutas para realização de EDA:
- quando os riscos à saúde e à vida do paciente superam os benefícios do procedimento;
- suspeita ou evidência de víscera perfurada.
São contraindicações relativas para realização de EDA:
- grande divertículo de Zenker;
- doença cardiopulmonar descompensada;
- pacientes com coagulopatia (principalmente se planejado biópsia ou procedimento terapêutico).