Analgésicos e relaxantes musculares são medicamentos muito utilizados na forma de automedicação. O uso indiscriminado pode levar a uma série de efeitos adversos. Por isso, devem ser usados preferencialmente sob orientação médica.
As consequências do uso abusivo variam de acordo com a classe do medicamento. Doses excessivas de paracetamol podem levar a lesão do fígado potencialmente fatal. Lesão do rim e coma por hipoglicemia também podem ocorrer, especialmente em uma única ingestão de altas doses. A superdosagem de dipirona pode causar náuseas, vômitos, dor abdominal e insuficiência renal.
O uso exagerado de salicilatos, como o ácido acetilsalicílico (AAS), pode ocasionar náuseas, vômitos, dor de cabeça, tontura, zumbido, alterações de audição e visão, sudorese, sede, hiperventilação e diarréia.
Outros anti-inflamatórios, como ibuprofeno e diclofenaco, costumam causar dor abdominal e náuseas, podendo levar à formação de úlcera gástrica, além de alterações renais, como retenção de sais e água e insuficiência renal, neurológicas, como dor de cabeça, vertigem e tontura, e hematológicas, como sangramentos.
Os relaxantes musculares, como a ciclobenzaprina, o carisoprodol e a orfenadrina, tem como efeito adverso mais importante as alterações neurológicas, que incluem confusão mental, alterações de concentração, agitação e até mesmo torpor e coma. Secura da boca, alterações visuais e anormalidades do batimento cardíaco também são consequências do uso indevido dessas medicações.