A pediculose tem como principais sinais e sintomas o prurido (coceira), a irritação local, a presença de lêndeas (ovos) do parasita (“piolho”) aderidas ao pêlo e a presença de parasitas em movimento (em especial quando do couro cabeludo). As principais complicações da pediculose não tratada são consequências do ato de coçar. A coçadura provoca escoriações que, além de tornar o prurido mais intenso, podem provocar infecções de pele inicialmente localizadas como foliculite, impetigo ou celulite. Estas, caso não tratadas, podem, ainda que raramente, evoluir para infecções sistêmicas potencialmente graves. A presença de linfonodomegalias cervicais (ínguas no pescoço), no caso da pediculose do couro cabeludo, é outra complicação bastante comum resultante destas infecções secundárias da pele. Crianças suscetíveis estão sujeitas a reações alérgicas que podem agravar bastante o prurido. A abordagem de crianças escolares e familiares visando a educação em saúde para prevenção de pediculose deve, sem dúvida, trazer informações sobre as consequências clínicas para a criança que não tratar a pediculose. No entanto, tão importante quanto, é fazer as crianças e familiares entenderem que o sucesso da erradicação da pediculose depende de TODOS. Caso uma criança não seja tratada/cuidada adequadamente, todas as outras crianças ficam em risco de serem novamente infestadas. É importante enfatizar que o cuidado com o coletivo de crianças é tão importante quanto o cuidado com cada uma delas.