Quanto as ocorrências de exposição a material biológico pelo profissional de saúde, segundo MS(1) pode-se agir da seguinte forma:
1- Acolhimento e registro do atendimento ao profissional acidentado;
2- Identificar fatores de maior e menor gravidade durante histórico do acidente de trabalho e risco da exposição;
3- Avaliar dados epidemiológicos do ambiente onde ocorreu a exposição e os dados epidemiológicos e sorológicos do paciente-fonte, se conhecido;
4- Realizar teste rápido (TR) HIV do paciente-fonte;
5- Coletar exames laboratoriais da pessoa exposta – momento zero:
• Sorologias: Anti-HIV, Anti-HCV, HBsAg, anti-HBs, VDRL;
• Bioquímicos: Hemograma, AST, ALT, Ureia, Creatinina ( se indicação de PEP);
6- Status da pessoa-fonte:
• Se TR ou sorologia reagente para HIV – indicado PEP;
• Se TR ou sorologia não reagente para HIV – sem indicação de PEP;
• Se status desconhecido para HIV – avaliar caso a caso;
• Se TR ou sorologia reagente para HCV – indicado acompanhamento pós exposição;
• Se TR ou sorologia não reagente para HCV – sem indicação para acompanhamento pós exposição;
• Se status desconhecido para HCV – avaliar caso a caso;
• Se TR ou sorologia reagente para HBV – indicar profilaxia;
• Se TR ou sorologia não reagente para HIV, HCV, HBV: sem indicação de profilaxia e acompanhamento pós exposição – Fechamento do protocolo de atendimento como: Alta – Paciente=fonte negativo.
7- Avaliar indicação de acompanhamento e profilaxias de acordo com status sorológico da pessoa fonte e/ou dados epidemiológicos da exposição;
8- Checar Fluxograma se Indicação de PEP ao HIV;
9- Indicação e prescrição da PEP – Esquema antirretroviral preferencial;
10- Se atendimento pelo enfermeiro, proceder interconsulta com médico, quando indicação de TARV para prescrição de esquema;
11- Registrar dados de identificação e da exposição em ficha Acidente de Trabalho com Material Biológico SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) – Notificação Compulsória;
12- Registrar Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) de acordo com o encaminhamento da empresa e vínculo empregatício do profissional (o empregador deve fazer a CAT).
13- Programar retornos ambulatoriais pós exposição para acompanhamento/seguimento;
Em uso de PEP:
• 07 dias: avaliar sinais, sintomas e reação adversa, adesão a PEP, avaliação de exames laboratoriais;
• 14 dias: caso necessário;
• 30 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, avaliar adesão profilaxia PEP por 28 dias, avaliar exames laboratoriais: Hemograma, AST, ALT, Uréia, Creatinina, Anti-HIV e Anti-HBs (se houve indicação de vacinação para Hepatite B);
• 90 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, Anti-HCV; outros exames de acordo com quadro clínico (avaliação caso a caso);
• 180 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, Anti-HCV; outros exames de acordo com quadro clínico (avaliação caso a caso);
14- Preencher ficha SINAN (inicio, acompanhamento e fechamento do atendimento).
1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes terapêuticas para Profilaxia pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais.Brasília – DF. 2021:102p. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2021/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-profilaxia-pos-exposicao-pep-de-risco