Pacientes portadores de varizes em membros inferiores, que realizam atividade física (caminhada), podem usar meias elásticas?

| 21 julho 2009 | ID: sofs-1333
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

Sim. É indicado o uso de meias elásticas durante as atividades físicas, pois as meias elásticas evitam a dor e o edema em membros inferiores quando utilizadas na compressão e medida correta.
Nos casos de varizes já em desenvolvimento, é indispensável o uso metódico da compressão elástica. A meia elástica funciona como um sistema constritor das veias superficiais dilatadas. Com elas, mantemos as veias apertadas, com calibre menor e as válvulas em condição de funcionar melhor. As meias elásticas favorecem com que a panturrilha bombeie o sangue, evitando assim o edema na perna, tornozelo e pé.
O uso de meias elásticas é parte importante do esquema terapêutico para varizes. Em muitos casos, é o único recurso de que se dispõe. É importante que a compressão se inicie pela manhã, colocando-se a meia ao levantar-se e só retirando-a a noite, ao deitar-se. A elasticidade da meia deve ser nos dois sentidos, comprimento e largura. Ao calçá-la, evitar zonas de estrangulamento, mais fáceis de ocorrerem com meias curtas, em virtude do tecido ser um pouco mais rígido em sua terminação superior. O calcanhar deve ser fechado para permitir uma melhor compressão.
O grau de compressão e a altura da meia dependem do tipo de varizes e de sua extensão no membro. Habitualmente, encontram-se no mercado os seguintes tipos de meias: leve compressão, média compressão e forte compressão. As meias de leve compressão são indicadas para as varizes incipientes e pernas pesadas ou com leve edema no final do dia. As de média compressão são indicadas para as varizes da gravidez, varizes não complicadas e edema de moderada intensidade. As de forte compressão são indicadas para varizes mais graves e alguns casos específicos. Os tamanhos são: meias curtas, até o terço superior da perna; meias longas, até o terço médio da coxa e meias-calças.
Caberá ao médico orientar o paciente sobre que tipo de compressão usar. O tamanho é determinado pela medida do comprimento do membro e sua circunferência tomada ao nível do tornozelo, panturrilha e terço médio da coxa, preferencialmente na parte da manhã.


Bibliografia Selecionada:

  1. Caiafa JS. Medidas profiláticas da doença tromboembólica. In: Thomás JB. Síndromes venosas: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; 2001. p. 195-208.
  2. Sobreira ML, Yoshida WB, Lastória S. Tromboflebite superficial: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. J vasc bras. 2008;7(2):131-43. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jvb/v7n2/v7n2a07. Acesso em: 09 de abr 2015