Foi encontrada uma revisão sistemática publicada por Patton, Shugars e Bonito (2002) abordando quais os riscos de pacientes HIV positivos submetidos a procedimentos odontológicos invasivos. Nesta revisão, os autores citam o trabalho de Robinson e colaboradores (1992), os quais sugeriram que pacientes HIV positivos submetidos à profilaxia antibiótica apresentam uma menor tendência em desenvolver alveolite seca quando comparados a pacientes HIV positivos que não receberam antibioticoterapia prévia. Entretanto, os pesquisadores não encontraram diferenças substanciais na razão entre o número de complicações pós-cirúrgicas de indivíduos HIV positivo e HIV negativo (Grau A). Um estudo desenvolvido por Dodson (1994) também não identificou diferença significativa no número de complicações pós-cirúrgicas, tais como a alveolite, entre indivíduos HIV positivo e HIV negativo (Grau A).
Além disso, Patton e Shugars (2002) questionam a indicação de profilaxia antibiótica para todos os pacientes HIV positivo, salvo aqueles portadores de coagulopatias. Todavia, os autores destacam que os estudos disponíveis na literatura científica atual ainda são escassos e que as evidências ainda são limitadas em relação à indicação de profilaxia antibiótica em paciente HIV positivo, a fim de evitar complicações pós-cirúrgicas como a alveolite (Grau A).