Evitar exercícios extremos como academia é recomendado a fim de evitar algum tipo de dano às veias superficiais afetadas. O quadro clínico é típico e consiste em dor, edema, eritema, hipersensibilidade e endurecimento da veia afetada. O processo em geral segue um curso benigno e autolimitado com remissão completa(1-4). Durante o tratamento da tromboflebite, os pacientes são encorajados a evitar a imobilidade, ficar ativo para manter a circulação do sangue e continuar suas atividades diárias normais, incluindo o caminhar normal.
O tratamento da tromboflebite depende da etiologia, extensão e sintomas. A ultrassonografia doppler fornece uma avaliação precisa da extensão da doença e, portanto, permite a administração de um tratamento específico. O envolvimento das veias colaterais ou tributárias ou junções safeno-poplítea ou safeno-femoral aumenta de risco de complicações tromboembólicas envolve o uso de anticoagulante. Na ausência de risco de trombose venosa profunda, os objetivos do tratamento consistem em: a) aliviar sintomas (reduzir a inflamação das veias envolvidas e tecidos vizinhos); b) prevenir extensão e evitar recorrência da trombose em trombose venosa profunda; e c) prevenir complicações tromboembólicas. O uso de analgésicos e anti-inflamatórios locais ou sistêmicos não esteroides, compressão e mobilização são os pilares da terapia: uso de meias de compressão, elevação do membro afetado quando estiver descansando e evitar ficar sentado ou em pé parado para reduzir inflamação e inchaço.
As causas são relacionadas a lesões que agridem a parede da veia superficial e, na maioria das vezes, à complicação das varizes dos membros inferiores. Os fatores de risco potenciais são os mesmos da trombose venosa profunda: condição hereditária que aumenta o risco de coágulos sanguíneos; câncer e alguns tratamentos de câncer (quimioterapia); fluxo sanguíneo limitado devido a um ferimento, cirurgia ou imobilidade; longos períodos de inatividade que diminuem o fluxo sanguíneo, como ficar sentado por um longo tempo, como em carro, caminhão, ônibus, trem ou avião); após a cirurgia ou uma lesão grave; gravidez e as primeiras 6 semanas após o parto; ter mais de 40 anos (embora coágulos possam se formar em qualquer idade); estar acima do peso; uso de nicotina; uso de pílulas anticoncepcionais ou terapia hormonal, inclusive para tratamento dos sintomas da pós-menopausa; inserção de um cateter venoso central ou marca-passo(1-4).
Atributos da APS: Longitudinalidade – o acompanhamento do paciente com tromboflebite ao longo do tempo pela mesma equipe pode favorecer a identificação precoce de possíveis complicações com possibilidades de intervenção em tempo oportuno(1,4).
1. de Almeida MJ, Guillaumon AT, Miquelin D, Joviliano EE, Hafner L, Sobreira ML, Geiger MA, Moura R, Raymundo S, Yoshida WB. Guidelines for superficial venous thrombosis. .[acesso 8 jan 2022]. J Vasc Bras. 2019 Nov 20;18:e20180105. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6880617/pdf/jvb-18-e20180105.pdf
2. Chopard R, Albertsen IE, Piazza G. Diagnosis and treatment of lower extremity venous thromboembolism: a review. Jama 2020;324(17):1765-1776. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2772499
3. Mustonen P, Sinisalo J. [internet]. Superficial Venous Thrombophlebitis. EBM Guidelines 17.8.2020. [acesso em 8 jan 2022]. Disponível em: https://www.ebm-guidelines.com/ebmg/ltk.free?p_artikkeli=ebm00920
4. England. NHS (National Health Services) [internet]. Phlebitis (superficial thrombophlebitis). 01 maio 2019. [acesso em 8 jan 2022]. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/phlebitis/