O que pode ser utilizado para diminuir o odor quando fazemos curativos em lesões fétidas?

| 23 junho 2009 | ID: sofs-592
Solicitante:
CIAP2:
Graus da Evidência:
Recorte Temático:

Para lesões com odor fétido podem-se usar dois produtos:

Carvão Ativado e Prata
É uma placa de carvão ativado impregnado de prata (0,15%), é indicado para feridas com odor fétido, infectadas ou com grande quantidade de exsudato. Deve ser trocado segundo sua saturação, em média com 48 a 72 horas e pode ser associado a outros produtos como: ácido graxo essencial (AGE) ou alginato de cálcio.
Alginato de Cálcio e Carvão Ativado
Trata-se de uma cobertura que associa as vantagens do alginato de cálcio e sódio com carvão ativado e prata. É indicado para feridas fétidas, infectadas, com grande quantidade de exsudato. Seu mecanismo de ação favorece o desbridamento auto-litico, controla o odor e não adere ao leito da ferida. Deve ser trocado conforme saturação em média de 48 a 72 horas, pode necessitar de curativo secundário ou fixação externa direta com fita adesiva (micropore).
Para realização de qualquer curativo deve-se sempre utilizar o Soro Fisiológico (aquecido à temperatura corporal – entre 35 e 37°C) – As soluções utilizadas devem ser, preferencialmente aquecidas para evitar a redução da temperatura no leito da ferida. Uma temperatura constante de 37 graus estimula a mitose durante a granulação e epitelização. Alguns autores, descrevem um aumento significativo na atividade mitótica em feridas cujo curativo mantinha a temperatura próxima da temperatura corporal, procedimento com Grau de Evidência B.
A avaliação conjunta com o médico faz-se necessária quando houver dúvida em relação a possível infecção bacteriana (anaeróbios) e da utilização de antibioticoterapia.

Descritores: Ferimentos e Lesões; Odores/prevenção & controle


Bibliografia Selecionada:

  1. Choate CS. Wound dressings. A comparison of classes and their principles of use. J Am Podiatr Med Assoc. 1994 Sep;84(9):463-9.
  2. Dealey C. Cuidando de feridas: um guia para as enfermeiras. São Paulo: Atheneu; 2006.