Diversos estudos sobre o tema têm apresentado resultados controversos, mas a maioria deles demonstra que sem um treinamento adequado a qualidade dos exames realizados por não oftalmologistas munidos de oftalmoscópio é inferior, levando-se em consideração a sensibilidade necessária para a realização de um bom teste de rastreamento. Estes estudos foram desenvolvidos principalmente para a população de pacientes diabéticos.
Muitas estratégias têm sido desenvolvidas para melhorar a qualidade do exame de fundo de olho em Atenção Primária à Saúde e as duas que parecem ser mais reprodutíveis no nosso meio são o treinamento na prática do exame do fundo de olho para os médicos de família, como realizado na Austrália com ótimos resultados e o uso da tele-oftalmologia.
Portanto deve ser estimulado que o médico de família conheça as lesões de retina relacionadas ao diabetes e à hipertensão e que realize o exame de fundo de olho como rotina anualmente em seus pacientes em risco com a finalidade de desenvolver a prática nesta habilidade. Espera-se que medidas de treinamento em massa sejam efetivadas para melhorar a sensibilidade do rastreamento realizado pelos médicos de família.