De acordo com os estudos apresentados, o aumento na ingesta de frutas e verduras está associado com a diminuição do risco de AVC (redução de 11% entre os que consumiram de 3 a 5 porções/dia e de 26% para quem consumiu mais de 5 porções/dia).
A interação educativa com a população é uma perspectiva própria ao trabalho de Atenção Primária à Saúde (APS). A ingesta diária média nos países pesquisados (EUA, Finlândia, Dinamarca, Japão e Holanda) foi de 3 porções diárias de frutas e vegetais, estando abaixo desta recomendação. Nada indica que a situação seja melhor no Brasil. Isto destaca a relevância dessa tarefa educativa em saúde. Tais dietas, segundo a literatura também podem reduzir o risco para outras doenças cardiovasculares e cânceres.
Os estudos utilizados foram os melhores delineamentos disponíveis para este tipo de avaliação (coortes prospectivos, com grandes amostras e longo tempo de seguimento), já que ensaios clínicos randomizados desta magnitude são difíceis de implementar.
Esta metanálise vem corroborar as recomendações dadas cotidianamente em ambulatórios e serviços de APS, com especificações quanto a quantidade de frutas e vegetais a serem consumidos diariamente e o respectivo efeito na redução do risco de AVC. Adoção de políticas públicas e individuais que estimulem o consumo de frutas e vegetais em quantidades adequadas deve ser encorajada.