Gestação não é contraindicação para amamentação. A gestante pode continuar amamentando se assim desejar e se a gravidez for normal. Deve-se aumentar o aporte calórico e de fluídos.
Muitas crianças interrompem a amamentação espontaneamente durante a nova gravidez. Em outros casos, a gestante toma a decisão de desmamar. O desmame pode ocorrer por aumento da sensibilidade dos mamilos, alterações hormonais da gestação que podem causar fadiga e sonolência, queda da produção e alteração do gosto do leite e perda do espaço destinado ao colo.
A ameaça de parto prematuro é indicação de interromper a lactação. A sucção também estimula a contração uterina. Devido à ausência de estudos sobre o efeito da lactação em gestações complicadas, sugere-se que, em gestantes com fatores de risco para prematuridade ou outras condições de insuficiência uteroplacentária (como pré-eclâmpsia e restrição de crescimento intrauterino), a amamentação pode ser interrompida com cerca de 24 semanas.
1. Duncan BB, Schmidt Ml, GiuglianI ERJ. (Ed.). Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
2. Schanler RJ, Potak DC. Breastfeeding: Parental education and support. Waltham (MA): UpToDate, Inc., 2017. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/breastfeeding-parental-education-and-support