Há interferência da nova vacina dTpa no ciclo gestacional?

| 2 abril 2015 | ID: sofs-19721
Solicitante:
CIAP2: , ,
DeCS/MeSH: , ,

A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto), é uma vacina inativada, contra difteria, tétano e coqueluche, sem evidências de riscos para a gestante e o feto É utilizada para reduzir os problemas causados pela doença nos recém-nascidos. Essa vacina foi introduzida no Programa Nacional de Imunização a partir de novembro de 2014.
De acordo com dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), em 2011, aproximadamente 70% dos casos de coqueluche foram em menores de um ano, com 92% desses casos, ocorrendo em menores de sete meses de idade. Diante disso, o Ministério da Saúde (MS) incluiu esse imunobiológico no calendário vacinal da gestante.
O objetivo da vacinação da gestante é diminuir a transmissão da coqueluche da mãe para o recém-nascido após o parto e a proteção do recém-nascido, por intermédio dos anticorpos maternos via transplacentária.


A aplicação deve ser feita, preferencialmente, entre a 27ª e 36ª semana de gestação, pois se trata do período que confere maior proteção ao feto, com efetividade estimada em 91%. Porém, ela pode ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto. Ela passa a ser oferecida na gravidez, juntamente com as vacinas de influenza, dupla adulto e hepatite B. A orientação do MS é que as gestantes que nunca receberam a dT (difteria e tétano), sejam vacinadas com duas doses (com intervalo mínimo de 30 dias entre elas) e complementar com a dose de dTpa.
Se já foi feita uma dose da dT antes da gestação, recomenda-se o reforço com uma dose de dT e outra de dTpa. Se a gestante já possui duas ou mais doses de dT, recomenda-se a aplicação da dTpa. As gestantes devem receber uma dose da dTpa em cada gestação, independente de terem sido vacinadas anteriormente.

Bibliografia Selecionada:

  1.  Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. Acesso em: 05 set 2014.
  2. Martins WP, Nastri CO, Baraldi CO, Duarte G, Mauad-Filho FM. Varicela (catapora) na gestação. Femina. 2007;35(5). Disponível em: http://www.febrasgo.org.br/site/wp-content/uploads/2013/05/Femina355p323-8.pdf. Acesso em: 05 set 2014.
  3. Governo do Estado de Minas Gerais. Protocolo de varicela. Belo Horizonte; 2011. Disponível em: http://www.ufjf.br/hu/files/2012/08/protocolo-varicela.pdf. Acesso em: 05 set 2014.
  4. Sociedade Brasileira de Pediatria. Infecção pelo vírus varicela-zoster: considerações diagnósticas e terapêuticas. 2010. Disponível em: http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=24&id_detalhe=943&tipo_detalhe=s. Acesso em: 10 set. 2014.