Para o uso do papel filtro como método de diagnóstico não é necessária infra-estrutura especializada no local da coleta, o armazenamento é simples e as amostras podem ser enviadas por correio, tornando o transporte de baixo custo e mais seguro, pois não há o risco de vazamento ou de o material quebrar, reduzindo assim o risco durante o manuseio do material (1).
- Um estudo realizado pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, entre 2005 e 2006 com 457 amostras de sangue captadas por papel filtro demonstrou uma performance diagnóstica adequada quando comparada com o procedimento diagnóstico padrão para a detecção do HIV. Foi observada sensibilidade de 100%, especificidade de 99,6%, valor preditivo negativo de 100% e valor preditivo positivo de 99,5% (1).
- Um estudo conduzido na África em 2003 demonstrou sensibilidade de 96% do papel filtro na detecção do HbsAg quando comparado com o método sorológico, e especificidade de 100% (210 amostras) (2).
- No que diz respeito ao Anti-HCV, um estudo realizado no Reino Unido em 1999 com 200 amostras, verificou sensibilidade de 100% e especificidade de 87,5% com o uso do papel filtro (3).
- Um estudo realizado nos Estados Unidos em 1992 também sugeriu boa viabilidade do uso de métodos utilizando o papel filtro para o diagnóstico de sífilis, como método de screening (4).
- Um estudo realizado em Goiás entre 2006 e 2007 (1755 amostras) comparando o teste convencional (soro) e o papel filtro para detecção da toxoplasmose (IgM) demonstrou sensibilidade do papel filtro de 99,83% e a especificidade de 98,73% (5).
- Não foram encontradas referências úteis para a construção da resposta sobre o uso do papel filtro para detecção da infecção por Clamídia em larga escala nesta presente revisão.
Apesar dos resultados promissores do uso do papel filtro como método de screening de diversas patologias na triagem pré-natal, não foram encontradas pareceres ou recomendações para o seu uso em larga escala no território nacional.