Sim, a gestante pode realizar o teste turbeculínico. A gravidez não altera a resposta ao teste tuberculínico, então, toda mulher gestante com suspeita de doença por micobactéria deve ser submetida também a esse teste auxiliar diagnostico, principalmente para os casos de testes terapêuticos ou tratamentos de prova da Tuberculose (TB).
A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. Tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. No Brasil, a tuberculina usada é o PPD-RT 23 (PPD – Purified Protein Derivatite, RT: Reset Tuberculin, 23: numero da partida). O PPD-23 é aplicado por via intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml, que contem 2ut – unidades de tuberculina. É utilizada, em adultos e crianças, para o diagnóstico de Infecção Latente pelo M. Tuberculosis (ILTB). A prova tuberculínica é um teste diagnóstico de ILTB que se baseia em uma reação de hipersensibilidade cutânea após a aplicação do PPD por via intradérmica, em que a leitura é realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendido ate 96 horas.
Atributos da APS:
Todo contato intradomiciliar de paciente em tratamento de tuberculose, deve ser acolhido, e devidamente avaliado, no caso de gestante a atenção deve ser redobrada. Deve-se incluir na rotina da UBS e da ESF a busca ativa dos sintomáticos respiratórios. Além de orientações sobre tuberculose para a população que busca a UBS e a oferta da coleta do escarro.
1. Brasil. Ministério da Saúde. Técnicas de aplicação e leitura da prova tuberculínica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2014:58p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tecnicas_aplicacao_leitura_prova_tuberculinica.pdf
2. Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasil Livre da Tuberculose: Plano nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública. Brasília: Ministério da Saúde, 2017:40p. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/fevereiro/24/Plano-Nacional-Tuberculose.pdf
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica. Tuberculose na Atenção Primária a Saúde. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 2. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011:131p. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/livro_tuberculose11.pdf
4. Geneva. World Health Organization. Global Tuberculosis Report 2017. Licence: cc by-ncsa 3.0 igo. 2017:262p. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/259366/1/9789241565516-eng.pdf