Existe diferença de eficácia entre as vacinas ministradas na rede particular de assistência com as ministradas na rede pública?

| 9 setembro 2019 | ID: sofs-42642
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

Não há nenhuma evidência que aponte diferença de eficácia entre as vacinas dos setores público e privado. Para uma vacina ser ministrada ela passa pela aprovação de diversos orgãos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que se baseia em estudos para garantir sua eficácia. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização(1), a metodologia científica que envolve os testes clínicos para licenciamento das vacinas gera toda a confiabilidade nos dados para garantir a informação correta acerca da eficácia e segurança do produto em questão.


O Programa Nacional de Imunizações (PNI) promovido pelo Ministério da Saúde do Brasil é considerado um dos melhores do mundo(4). As vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são as incluídas no Calendário Nacional de Vacinação. São gratuitas e estão disponíveis para todos os bebês e crianças brasileiras (3).

A tarefa de qualquer governo, mesmo dos países mais ricos, não é oferecer gratuitamente todas as vacinas existentes, seja por questões econômicas, de produção e abastecimento(2) ou de efetividade. Os países realizam estudos de custo-efetividade e custo-benefício para identificar quais vacinas representam maior impacto do ponto de vista da Saúde Pública e qual é a parcela da população que mais adoece com risco aumentado de gravidade. Quando indicadas, é preciso garantir o fornecimento contínuo da vacina de modo a alcançar as metas de cobertura vacinal (número de pessoas protegidas).

Bibliografia Selecionada:

1. Ballalai I, Bravo F (Org.). Imunização: tudo o que você sempre quis saber. Rio de Janeiro: RMCOM, 2016:277p. Disponível em: https://sbim.org.br/images/books/imunizacao-tudo-o-que-voce-sempre-quis-saber.pdf

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.  Programa Nacional de Imunizações: 30 anos. Brasília: Ministério da Saúde.  (Série C. Projetos e Programas e Relatórios). 2003:212p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_30_anos_pni.pdf

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014:176p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf

4. Pereira DDS, Neves EB, Gemelli M, Ulbricht L. Análise da taxa de utilização e perda de vacinas no programa nacional de imunização. Cad. saúde colet. 2013;21(4):420-424. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2013000400010&lng=pt&nrm=iso